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Se era noite, se era dia, espero que não caiba a mim responder. Lá estava ele, sentando em sua própria rotina e desistindo de pensar nos rumores que corriam pela cidade. Tinha o costume de sempre desligar as luzes ao ouvir música, dessa forma, podia escutar o som do seu pulsar involuntário e interpretar suas oscilações. Mergulhava em cada lembrança e as embalsamava.
O fato é que nada mais o deixava eufórico. Seus sentimentos estavam limitados às memórias do seu passado e as cores, essas não o encantavam mais. Sendo assim, denominou-se cego:
- Estou cego.
Como poderia se satisfazer com alguma coisa se sabia que aquele estado de prazer era passageiro? Estava cansado e há dias nenhuma luz era acesa naquela casa.
- Entretanto, o dia hoje vai ser diferente. De repente à cor dará para a eternidade e mal sabe ele o quão esplêndido é o retorno ao Sol.
Era dia, mas é melhor ser rápido. Acaba logo.
[...]
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