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Nunca tivera muita sorte nessas relações interpessoais. Após caminhar por cerca de três horas ininterruptas:
- Olá, tá tudo bem com você?!
- Mais-ou-menos.
Continuou a jornada, tropeçou e lembrou de sua mãe:
- Já faz um mês que ela morreu?
- Faz.
A imagem materna não o saía da cabeça. Gostava tanto da presença dela. Do amor quietinho que ela demonstrava. De suas palavras sábias:
- Quantos anos você já tem?
- Quarenta e quatro.
- E essa casinha que você está morando é de quem?
- Pedro. Pedro Missenas.
Parou de devanear quando percebeu que o caminho se estreitava. Mais adiante havia uma bifurcação. Seguindo pelo lado que não vira nenhuma pegada:
- Quantos anos tinha sua mãe?
- Setenta e sete.
Seu fardo ficou leve e as pedras pareciam polidas. Sem querer, começou a dançar ao som da música que surgira. Agora seguia certo, firme, com fé e sem preocupações; ele, pequeno em sua grandeza, e grande. Grande em sua miudez:
- Descobri a melhor forma de seguir meu caminho.
Um comentário:
relações interpessoais!
=]
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